Nota de Imprensa
Obtida com o VLT do ESO a primeira imagem confirmada de um planeta recém nascido
Espectro revela atmosfera com nuvens
2 de Julho de 2018
O SPHERE, o instrumento caçador de planetas montado no Very Large Telescope do ESO, capturou a primeira imagem confirmada de um planeta a formar-se no disco poeirento que rodeia uma estrela jovem. O jovem planeta abre o seu caminho através do disco primordial de gás e poeira que rodeia a estrela muito jovem PDS 70. Os dados sugerem que a atmosfera do planeta possui nuvens.
Astrónomos liderados por um grupo do Instituto Max Planck de Astronomia de Heidelberg, na Alemanha, capturaram uma imagem de formação planetária em torno da jovem estrela anã PDS 70. Com o auxílio do instrumento SPHERE montado no Very Large Telescope do ESO (VLT) — um dos instrumentos caçadores de planetas mais poderosos que existem — a equipa internacional fez a primeira detecção robusta de um jovem planeta, chamado PDS 70b, que se encontra a abrir caminho através do material que rodeia a jovem estrela [1].
Com o instrumento SPHERE, a equipa pôde medir também o brilho do planeta em diversos comprimentos de onda, o que permitiu que fossem deduzidas propriedades da sua atmosfera.
O planeta mostra-se muito bem destacado nas novas observações, sendo visível como um ponto brilhante situado à direita do centro (a esfera negra na imagem). Localiza-se aproximadamente a três mil milhões de km de distância da estrela central, o que equivale mais ou menos à distância entre Urano e o Sol. A análise mostra que o PDS 70b é um planeta gigante gasoso com uma massa de algumas vezes a massa de Júpiter. A superfície do planeta tem uma temperatura de cerca de 1000º C, o que o torna muito mais quente do que qualquer planeta do nosso Sistema Solar.
O círculo escuro que aparece no centro da imagem deve-se à utilização de um coronógrafo, uma máscara que bloqueia a luz ofuscante da estrela central e permite aos astrónomos detectar os seus muito mais ténues disco e companheiro planetário. Sem esta máscara, a fraca luz emitida pelo planeta desapareceria completamente no intenso brilho da PDS 70.
“Estes discos situados em torno de estrelas jovens são os locais de nascimento dos planetas, mas até agora apenas algumas observações tinham conseguido detectar pistas que apontavam para a existência de planetas bebés no seu seio,” explica Miriam Keppler, que liderou a equipa por detrás da descoberta do planeta ainda em formação da PDS 70. “O problema é que, até agora, a maioria destes candidatos a planetas poderia ser apenas estruturas no disco.”
A descoberta do jovem companheiro da PDS 70 trata-se de um resultado científico bastante interessante, que mereceu já investigação subsequente. Uma segunda equipa, que envolve muitos dos mesmos astrónomos da equipa da descoberta, incluindo Keppler, fez, nos últimos meses, observações de seguimento com o intuito de investigar a jovem companheira planetária da PDS 70 com mais detalhe. Esta equipa não só obteve a imagem muito nítida do planeta que aqui mostramos, como também conseguiu obter um espectro deste objeto. A análise do espectro aponta para a existência de nuvens na atmosfera do planeta.
A companheira planetária da PDS 70 esculpiu um disco de transição — um disco protoplanetário com um “buraco” gigante no centro. Conhecem-se estes buracos interiores há várias décadas e foi sugerido que seriam produzidos pela interação entre o disco e o planeta. Agora estamos a ver o planeta pela primeira vez.
“Os resultados de Keppler abrem-nos uma nova janela para as primeiras fases da complexa evolução planetária, ainda tão mal compreendida,” comenta André Müller, líder da segunda equipa que investigou o jovem planeta. “Precisávamos de observar um planeta no disco de uma estrela jovem para compreendermos realmente os processos por detrás da formação planetária.” Ao determinar as propriedades físicas e atmosféricas do planeta, os astrónomos podem testar modelos teóricos de formação planetária.
Este olhar ao nascimento envolto em poeira de um planeta foi apenas possível graças às impressionantes capacidades tecnológicas do instrumento SPHERE do ESO, o qual estuda exoplanetas e discos em torno de estrelas próximas, usando uma técnica conhecida por imagens de alto contraste — um feito bastante complicado. Mesmo bloqueando a luz emitida por uma estrela com o auxílio de um coronógrafo, o SPHERE tem ainda que usar estratégias de observação e técnicas de processamento de dados complicadas para conseguir obter o sinal emitido pelos ténues companheiros planetários situados em torno das jovens estrelas brilhantes [2], a múltiplos comprimentos de onda e épocas diferentes.
Thomas Henning, diretor do Instituto Max Planck de Astronomia e líder das equipas, sumariza esta aventura científica: “Após mais de uma década de enormes esforços para construir esta máquina de alta tecnologia, o SPHERE permite-nos agora colher os frutos deste trabalho, presentando-nos com a descoberta de planetas bebés!”
Notas
[1] As imagens do disco e do planeta e o espectro do planeta foram capturados no âmbito de dois programas de rastreio chamados SHINE (SpHere INfrared survey for Exoplanets) e DISK (sphere survey for circumstellar DISK). O SHINE pretende obter imagens no infravermelho próximo de 600 estrelas jovens, usando o alto contraste e elevada resolução angular do SPHERE para descobrir e caracterizar novos exoplanetas e sistemas planetários. O DISK explora conhecidos sistemas planetários jovens e os seus discos circunstelares com o intuito de estudar as condições iniciais da formação planetária e a evolução de arquiteturas planetárias.
[2] De modo a extrair o fraco sinal do planeta situado próximo da estrela brilhante, os astrónomos usam um método sofisticado que tira partido da rotação da Terra. Em modo de observação, o SPHERE tira continuamente imagens da estrela durante um período de várias horas, enquanto o instrumento se mantém tão estável quanto possível. Deste modo, o planeta parece rodar lentamente, mudando de posição na imagem relativamente ao halo estelar. Aplicando algoritmos numéricos elaborados, as imagens individuais são posteriormente combinadas de tal modo que todas as partes da imagem que parecem não se mover, tais como o sinal da estrela propriamente dita, são filtradas. Assim, ficamos apenas com as partes que aparentemente se movem — o que torna o planeta visível.
Informações adicionais
Este trabalho foi descrito em dois artigos científicos intitulados “Discovery of a planetary-mass companion within the gap of the transition disk around PDS 70” e “Orbital and atmospheric characterization of the planet within the gap of the PDS 70 transition disk”, que serão ambos publicados na revista da especialidade Astronomy & Astrophysics.
A equipa por detrás da descoberta do planeta é composta por M. Keppler (Max Planck Institute for Astronomy, Heidelberg, Germany), M. Benisty (Univ. Grenoble, France and Unidad Mixta Internacional Franco-Chilena de Astronomía, Chile), A. Müller (Max Planck Institute for Astronomy, Heidelberg, Germany), Th. Henning (Max Planck Institute for Astronomy, Heidelberg, Germany), R. van Boekel (Max Planck Institute for Astronomy, Heidelberg, Germany), F. Cantalloube (Max Planck Institute for Astronomy, Heidelberg, Germany), C. Ginski (Leiden Observatory, The Netherlands), R.G. van Holstein (Leiden Observatory, The Netherlands), A.-L. Maire (Max Planck Institute for Astronomy, Heidelberg, Germany), A. Pohl (Max Planck Institute for Astronomy, Heidelberg, Germany), M. Samland (Max Planck Institute for Astronomy, Heidelberg, Germany), H. Avenhaus (Max Planck Institute for Astronomy, Heidelberg, Germany), J.-L. Baudino (Department of Physics, University of Oxford, Oxford, UK), A. Boccaletti (LESIA, Observatoire de Paris, France), J. de Boer (Leiden Observatory, The Netherlands), M. Bonnefoy (Univ. Grenoble, France), S. Desidera (INAF - Osservatorio Astronomico di Padova, Italy), M. Langlois (Aix Marseille Univ, CNRS, LAM, Marseille, France and CRAL, UMR 5574, CNRS, Université de Lyon, Ecole Normale Supérieure de Lyon, France), C. Lazzoni (INAF - Osservatorio Astronomico di Padova, Italy), N. Pawellek (Max Planck Institute for Astronomy, Heidelberg, Germany), T. Stolker (Institute for Particle Physics and Astrophysics, ETH Zurich, Switzerland), A. Vigan (Aix Marseille Univ, CNRS, LAM, Marseille, France), T. Birnstiel (University Observatory, Faculty of Physics, Ludwig-Maximilians- Universität München, Germany), W. Brandner(Max Planck Institute for Astronomy, Heidelberg, Germany), G. Chauvin (Univ. Grenoble, France and Unidad Mixta Internacional Franco-Chilena de Astronomía, Chile), M. Feldt (Max Planck Institute for Astronomy, Heidelberg, Germany), M. Flock (Jet Propulsion Laboratory, California Institute of Technology, USA and Kavli Institute For Theoretical Physics, University of California, USA), J. Girard(Univ. Grenoble, France and ESO, Chile), R. Gratton (INAF - Osservatorio Astronomico di Padova, Italy), J. Hagelberg (Univ. Grenoble, France), A. Isella (Rice University, Department of Physics and Astronomy, USA), M. Janson (Max Planck Institute for Astronomy, Heidelberg, Germany and Department of Astronomy, Stockholm University, Sweden), A. Juhasz (Institute of Astronomy, Cambridge, UK), J. Kemmer (Max Planck Institute for Astronomy, Heidelberg, Germany), Q. Kral (LESIA, Observatoire de Paris, PSL Research University, CNRS, Sorbonne Universités, UPMC, Univ. Paris 06, Univ. Paris Diderot, Sorbonne Paris Cité, France and Institute of Astronomy, Cambridge, UK), A.-M. Lagrange (Univ. Grenoble, France), R. Launhardt (Max Planck Institute for Astronomy, Heidelberg, Germany), G. Marleau (Institut für Astronomie und Astrophysik, Eberhard Karls Universität Tübingen, Germany and Max Planck Institute for Astronomy, Heidelberg, Germany) A. Matter (Université Côte d’Azur, OCA, CNRS, France), F. Ménard (Univ. Grenoble, France), J. Milli (ESO, Chile), P. Mollière (Leiden Observatory, The Netherlands), C. Mordasini (Physikalisches Institut, Universität Bern, Switzerland), J. Olofsson (Max Planck Institute for Astronomy, Heidelberg, Germany, Instituto de Física y Astronomía, Facultad de Ciencias, Universidad de Valparaíso, Chile, and Núcleo Milenio Formación Planetaria - NPF, Universidad de Valparaíso, Chile), L. Pérez (Max-Planck-Institute for Astronomy, Bonn, Germany and Universidad de Chile, Departamento de Astronomia, Chile), P. Pinilla (Department of Astronomy/Steward Observatory, University of Arizona, USA), C. Pinte (Univ. Grenoble, France, UMI-FCA, CNRS/INSU, France (UMI 3386), and Dept. de Astronomía, Universidad de Chile, Chile, and Monash Centre for Astrophysics (MoCA) and School of Physics and Astronomy, Monash University, Australia), S. Quanz (Institute for Particle Physics and Astrophysics, ETH Zurich, Switzerland), T. Schmidt (LESIA, Observatoire de Paris, PSL Research University, CNRS, Sorbonne Universités, UPMC, Univ. Paris 06, Univ. Paris Diderot, France), S. Udry (Geneva Observatory, University of Geneva, Switzerland), Z. Wahhaj (ESO, Chile), J. Williams (Institute for Astronomy, University of Hawaii at Manoa, Honolulu, USA), A. Zurlo (Aix Marseille Univ, CNRS, LAM, Laboratoire d’Astrophysique de Marseille, France, Núcleo de Astronomía, Facultad de Ingeniería y Ciencias, Universidad Diego Portales, Chile, Escuela de Ingeniería Industrial, Facultad de Ingeniería y Ciencias, Universidad Diego Portales, Chile), E. Buenzli (Institute for Particle Physics and Astrophysics, ETH Zurich, Switzerland), M. Cudel (Univ. Grenoble, France), R. Galicher (LESIA, Observatoire de Paris, PSL Research University, CNRS, Sorbonne Universités, UPMC, Univ. Paris 06, Univ. Paris Diderot, France), M. Kasper (ESO, Germany), J. Lannier (Univ. Grenoble, France), D. Mesa (INAF - Osservatorio Astronomico di Padova, Italy and INCT, Universidad De Atacama, Copiapó, Chile), D. Mouillet (Univ. Grenoble, France), S. Peretti (Geneva Observatory, University of Geneva, Switzerland), C. Perrot (LESIA, Observatoire de Paris, PSL Research University, CNRS, Sorbonne Universités, UPMC, Univ. Paris 06, Univ. Paris Diderot, Sorbonne Paris Cité, France), G. Salter (Aix Marseille Univ, CNRS, LAM, Laboratoire d’Astrophysique de Marseille, France), E. Sissa (INAF - Osservatorio Astronomico di Padova, Italy), F. Wildi (Geneva Observatory, University of Geneva, Switzerland), L. Abe (Université Côte d’Azur, OCA, CNRS, Lagrange, France), J. Antichi (INAF - Osservatorio Astrofisico di Arcetri, Italy), J.-C. Augereau (Univ. Grenoble, France), P. Baudoz (LESIA, Observatoire de Paris, PSL Research University, CNRS, Sorbonne Universités, UPMC, Univ. Paris 06, Univ. Paris Diderot, Sorbonne Paris Cité, France), J.-L. Beuzit (Univ. Grenoble, France), P. Blanchard (Aix Marseille Univ, CNRS, LAM, Laboratoire d’Astrophysique de Marseille, France), S. S. Brems (Landessternwarte Königstuhl, Zentrum für Astronomie der Universität Heidelberg, Germany), M. Carle (Aix Marseille Univ, CNRS, LAM, Laboratoire d’Astrophysique de Marseille, France), A. Cheetham (Geneva Observatory, University of Geneva, Switzerland), A. Costille (Aix Marseille Univ, CNRS, LAM, Laboratoire d’Astrophysique de Marseille, France), A. Delboulbé (Univ. Grenoble, France), C. Dominik (Anton Pannekoek Institute for Astronomy, The Netherlands), P. Feautrier (Univ. Grenoble, France), L. Gluck (Univ. Grenoble, France), D. Gisler (Institute for Particle Physics and Astrophysics, ETH Zurich, Switzerland), Y. Magnard (Univ. Grenoble, France), D. Maurel (Univ. Grenoble, France), M. Meyer (Institute for Particle Physics and Astrophysics, ETH Zurich, Switzerland), T. Moulin (Univ. Grenoble, France), T. Buey (LESIA, Observatoire de Paris, PSL Research University, CNRS, Sorbonne Universités, UPMC, Univ. Paris 06, Univ. Paris Diderot, France), A. Baruffolo (INAF - Osservatorio Astronomico di Padova, Italy), A. Bazzon (Institute for Particle Physics and Astrophysics, ETH Zurich, Switzerland), V. De Caprio (INAF - Osservatorio Astronomico di Capodimonte, Italy), M. Carbillet (Université Côte d’Azur, OCA, CNRS, Lagrange, France), E. Cascone (INAF - Osservatorio Astronomico di Capodimonte, Italy), R. Claudi (INAF - Osservatorio Astronomico di Padova, Italy), K. Dohlen (Aix Marseille Univ, CNRS, LAM, Laboratoire d’Astrophysique de Marseille, France), D. Fantinel (INAF - Osservatorio Astronomico di Padova, Italy), T. Fusco (ONERA (Office National d’Etudes et de Recherches Aérospatiales), France), E. Giro (INAF - Osservatorio Astronomico di Padova, Italy), C. Gry (Aix Marseille Univ, CNRS, LAM, Laboratoire d’Astrophysique de Marseille, France), N. Hubin (ESO, Germany), E. Hugot (Aix Marseille Univ, CNRS, LAM, Laboratoire d’Astrophysique de Marseille, France), M. Jaquet (Aix Marseille Univ, CNRS, LAM, Laboratoire d’Astrophysique de Marseille, France), D. Le Mignant (Aix Marseille Univ, CNRS, LAM, Laboratoire d’Astrophysique de Marseille, France), M. Llored (Aix Marseille Univ, CNRS, LAM, Laboratoire d’Astrophysique de Marseille, France), O. Möller-Nilsson (Max Planck Institute for Astronomy, Heidelberg, Germany), F. Madec (Aix Marseille Univ, CNRS, LAM, Laboratoire d’Astrophysique de Marseille, France), P. Martinez (Université Côte d’Azur, OCA, CNRS, Lagrange, France), L. Mugnier (ONERA (Office National d’Etudes et de Recherches Aérospatiales), France), A. Origné (Aix Marseille Univ, CNRS, LAM, Laboratoire d’Astrophysique de Marseille, France), P. Puget (Univ. Grenoble, France), D. Perret (LESIA, Observatoire de Paris, PSL Research University, CNRS, Sorbonne Universités, UPMC, Univ. Paris 06, Univ. Paris Diderot, France), J. Pragt (NOVA Optical Infrared Instrumentation Group, Dwingeloo, The Netherlands), F. Rigal (Anton Pannekoek Institute for Astronomy, The Netherlands), R. Roelfsema (NOVA Optical Infrared Instrumentation Group, Dwingeloo, The Netherlands), A. Pavlov (Max Planck Institute for Astronomy, Heidelberg, Germany), C. Petit (ONERA (Office National d’Etudes et de Recherches Aérospatiales), France), G. Rousset (LESIA, Observatoire de Paris, PSL Research University, CNRS, Sorbonne Universités, UPMC, Univ. Paris 06, Univ. Paris Diderot, France), J. Ramos (Max Planck Institute for Astronomy, Heidelberg, Germany), P. Rabou (Univ. Grenoble, France), S. Rochat (Univ. Grenoble, France), A. Roux (Univ. Grenoble, France), B. Salasnich (INAF - Osservatorio Astronomico di Padova, Italy),C. Soenke (ESO, Germany), E. Stadler (Univ. Grenoble, France), J.-F. Sauvage (ONERA (Office National d’Etudes et de Recherches Aérospatiales), France), M. Suarez ( INAF - Osservatorio Astrofisico di Arcetri, Italy), A. Sevin (LESIA, Observatoire de Paris, PSL Research University, CNRS, Sorbonne Universités, UPMC, Univ. Paris 06, Univ. Paris Diderot, France), M. Turatto (INAF - Osservatorio Astronomico di Padova, Italy), L. Weber (Geneva Observatory, University of Geneva, Switzerland).
A equipa por detrás da caracterização do planeta é composta por A. Müller (Max Planck Institute for Astronomy, Heidelberg, Germany), M. Keppler (Max Planck Institute for Astronomy, Heidelberg, Germany), Th. Henning (Max Planck Institute for Astronomy, Heidelberg, Germany), M. Samland (Max Planck Institute for Astronomy, Heidelberg, Germany), G. Chauvin (Univ. Grenoble Alpes, France and Unidad Mixta Internacional Franco-Chilena de Astronomía, CNRS/INSU Universidad de Chile, Chile), H. Beust (Univ. Grenoble Alpes, France), A.-L. Maire (Max Planck Institute for Astronomy, Heidelberg, Germany), K. Molaverdikhani (Max Planck Institute for Astronomy, Heidelberg, Germany), R. van Boekel (Max Planck Institute for Astronomy, Heidelberg, Germany), M. Benisty (Univ. Grenoble Alpes, France and Unidad Mixta Internacional Franco-Chilena de Astronomía, CNRS/INSU Universidad de Chile, Chile), A. Boccaletti (LESIA, Observatoire de Paris, PSL Research University, CNRS, Sorbonne Universités, UPMC, Univ. Paris 06, Univ. Paris Diderot, France), M. Bonnefoy (Univ. Grenoble Alpes, France), F. Cantalloube (Max Planck Institute for Astronomy, Heidelberg, Germany), B. Charnay (LESIA, Observatoire de Paris, PSL Research University, CNRS, Sorbonne Universités, UPMC, Univ. Paris 06, Univ. Paris Diderot, France), J.-L. Baudino (Department of Physics, University of Oxford, UK), M. Gennaro (Space Telescope Science Institute, USA), Z. C. Long (Space Telescope Science Institute, USA), A. Cheetham (Geneva Observatory, University of Geneva, Switzerland), S. Desidera (INAF - Osservatorio Astronomico di Padova, Italy), M. Feldt (Max Planck Institute for Astronomy, Heidelberg, Germany), T. Fusco (DOTA, ONERA, Université Paris Saclay, and Aix Marseille Université, CNRS, LAM Marseille, France), J. Girard (Univ. Grenoble Alpes, France and Space Telescope Science Institute, USA), R. Gratton (INAF - Osservatorio Astronomico di Padova, Italy), J. Hagelberg (Institute for Particle Physics and Astrophysics, ETH Zurich, Switzerland), M. Janson (Max Planck Institute for Astronomy, Heidelberg, Germany and Department of Astronomy, Stockholm University, Sweden), A.-M. Lagrange (Univ. Grenoble Alpes, France), M. Langlois (Aix Marseille Univ, CNRS, LAM, Marseille, France and CRAL, UMR 5574, CNRS, Université de Lyon, Ecole Normale Supérieure de Lyon, France), C. Lazzoni (INAF - Osservatorio Astronomico di Padova, Italy), R. Ligi (INAF-Osservatorio Astronomico di Brera, Italy), F. Ménard (Univ. Grenoble Alpes, France), D. Mesa (INAF - Osservatorio Astronomico di Padova, Italy and INCT, Universidad De Atacama, Copiapó, Atacama, Chile), M. Meyer (Institute for Particle Physics and Astrophysics, ETH Zurich, Switzerland and Department of Astronomy, University of Michigan, USA), P. Mollière (Leiden Observatory, Leiden University, the Netherlands), C. Mordasini (Physikalisches Institut, Universität Bern, Switzerland), T. Moulin (Univ. Grenoble Alpes, France), A. Pavlov (Max Planck Institute for Astronomy, Heidelberg, Germany), N. Pawellek (Max Planck Institute for Astronomy, Heidelberg, Germany and Konkoly Observatory, Research Centre for Astronomy and Earth Sciences, Hungarian Academy of Sciences, Hungary), S. Quanz (Institute for Particle Physics and Astrophysics, ETH Zurich, Switzerland), J. Ramos (Max Planck Institute for Astronomy, Heidelberg, Germany), D. Rouan (LESIA, Observatoire de Paris, PSL Research University, CNRS, Sorbonne Universités, UPMC, Univ. Paris 06, Univ. Paris Diderot, France), E. Sissa (INAF - Osservatorio Astronomico di Padova, Italy), E. Stadler (Univ. Grenoble Alpes, France), A. Vigan (Aix Marseille Univ, CNRS, LAM, Laboratoire d’Astrophysique de Marseille, France), Z. Wahhaj (ESO, Chile), L. Weber (Geneva Observatory, University of Geneva, Switzerland), A. Zurlo (Núcleo de Astronomía, Facultad de Ingeniería y Ciencias, Universidad Diego Portales, Chile, Escuela de Ingeniería Industrial, Facultad de Ingeniería y Ciencias, Universidad Diego Portales, Chile).
O ESO é a mais importante organização europeia intergovernamental para a investigação em astronomia e é de longe o observatório astronómico mais produtivo do mundo. O ESO tem 15 Estados Membros: Alemanha, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Espanha, Finlândia, França, Holanda, Itália, Polónia, Portugal, Reino Unido, República Checa, Suécia e Suíça, para além do país de acolhimento, o Chile, e a Austrália, um parceiro estratégico. O ESO destaca-se por levar a cabo um programa de trabalhos ambicioso, focado na concepção, construção e operação de observatórios astronómicos terrestres de ponta, que possibilitam aos astrónomos importantes descobertas científicas. O ESO também tem um papel importante na promoção e organização de cooperação na investigação astronómica. O ESO mantém em funcionamento três observatórios de ponta no Chile: La Silla, Paranal e Chajnantor. No Paranal, o ESO opera o Very Large Telescope e o Interferómetro do Very Large Telescope, o observatório astronómico óptico mais avançado do mundo, para além de dois telescópios de rastreio: o VISTA, que trabalha no infravermelho, e o VLT Survey Telescope, concebido exclusivamente para mapear os céus no visível. O ESO é também um parceiro principal em duas infraestruturas situadas no Chajnantor, o APEX e o ALMA, o maior projeto astronómico que existe atualmente. E no Cerro Armazones, próximo do Paranal, o ESO está a construir o Extremely Large Telescope (ELT) de 39 metros, que será “o maior olho do mundo virado para o céu”.
Links
- Artigos científicos:
- Fotografias do VLT
Contactos
Miriam Keppler
Max Planck Institute for Astronomy
Heidelberg, Germany
Tel: +49 6221 528 203
Email: keppler@mpia.de
André Müller
Max Planck Institute for Astronomy
Heidelberg, Germany
Tel: +49 6221 528 227
Email: amueller@mpia.de
Thomas Henning
Max Planck Institute for Astronomy
Heidelberg, Germany
Tel: +49 6221 528 200
Email: henning@mpia.de
Mariya Lyubenova
ESO Outreach Astronomer
Garching bei München, Germany
Tel: +49 89 3200 6188
Email: mlyubeno@eso.org
Margarida Serote (Contacto de imprensa em Portugal)
Rede de Divulgação Científica do ESO
e Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço,
Tel: +351 964951692
Email: eson-portugal@eso.org
Sobre a Nota de Imprensa
Nº da Notícia: | eso1821pt |
Nome: | PDS 70 |
Tipo: | Milky Way : Star : Circumstellar Material : Disk : Protoplanetary |
Facility: | Very Large Telescope |
Instrumentos: | SPHERE |
Science data: | 2018A&A...617L...2M 2018A&A...617A..44K |
Our use of Cookies
We use cookies that are essential for accessing our websites and using our services. We also use cookies to analyse, measure and improve our websites’ performance, to enable content sharing via social media and to display media content hosted on third-party platforms.
ESO Cookies Policy
The European Organisation for Astronomical Research in the Southern Hemisphere (ESO) is the pre-eminent intergovernmental science and technology organisation in astronomy. It carries out an ambitious programme focused on the design, construction and operation of powerful ground-based observing facilities for astronomy.
This Cookies Policy is intended to provide clarity by outlining the cookies used on the ESO public websites, their functions, the options you have for controlling them, and the ways you can contact us for additional details.
What are cookies?
Cookies are small pieces of data stored on your device by websites you visit. They serve various purposes, such as remembering login credentials and preferences and enhance your browsing experience.
Categories of cookies we use
Essential cookies (always active): These cookies are strictly necessary for the proper functioning of our website. Without these cookies, the website cannot operate correctly, and certain services, such as logging in or accessing secure areas, may not be available; because they are essential for the website’s operation, they cannot be disabled.
Functional Cookies: These cookies enhance your browsing experience by enabling additional features and personalization, such as remembering your preferences and settings. While not strictly necessary for the website to function, they improve usability and convenience; these cookies are only placed if you provide your consent.
Analytics cookies: These cookies collect information about how visitors interact with our website, such as which pages are visited most often and how users navigate the site. This data helps us improve website performance, optimize content, and enhance the user experience; these cookies are only placed if you provide your consent. We use the following analytics cookies.
Matomo Cookies:
This website uses Matomo (formerly Piwik), an open source software which enables the statistical analysis of website visits. Matomo uses cookies (text files) which are saved on your computer and which allow us to analyze how you use our website. The website user information generated by the cookies will only be saved on the servers of our IT Department. We use this information to analyze www.eso.org visits and to prepare reports on website activities. These data will not be disclosed to third parties.
On behalf of ESO, Matomo will use this information for the purpose of evaluating your use of the website, compiling reports on website activity and providing other services relating to website activity and internet usage.
Matomo cookies settings:
Additional Third-party cookies on ESO websites: some of our pages display content from external providers, e.g. YouTube.
Such third-party services are outside of ESO control and may, at any time, change their terms of service, use of cookies, etc.
YouTube: Some videos on the ESO website are embedded from ESO’s official YouTube channel. We have enabled YouTube’s privacy-enhanced mode, meaning that no cookies are set unless the user actively clicks on the video to play it. Additionally, in this mode, YouTube does not store any personally identifiable cookie data for embedded video playbacks. For more details, please refer to YouTube’s embedding videos information page.
Cookies can also be classified based on the following elements.
Regarding the domain, there are:
- First-party cookies, set by the website you are currently visiting. They are stored by the same domain that you are browsing and are used to enhance your experience on that site;
- Third-party cookies, set by a domain other than the one you are currently visiting.
As for their duration, cookies can be:
- Browser-session cookies, which are deleted when the user closes the browser;
- Stored cookies, which stay on the user's device for a predetermined period of time.
How to manage cookies
Cookie settings: You can modify your cookie choices for the ESO webpages at any time by clicking on the link Cookie settings at the bottom of any page.
In your browser: If you wish to delete cookies or instruct your browser to delete or block cookies by default, please visit the help pages of your browser:
Please be aware that if you delete or decline cookies, certain functionalities of our website may be not be available and your browsing experience may be affected.
You can set most browsers to prevent any cookies being placed on your device, but you may then have to manually adjust some preferences every time you visit a site/page. And some services and functionalities may not work properly at all (e.g. profile logging-in, shop check out).
Updates to the ESO Cookies Policy
The ESO Cookies Policy may be subject to future updates, which will be made available on this page.
Additional information
For any queries related to cookies, please contact: pdprATesoDOTorg.
As ESO public webpages are managed by our Department of Communication, your questions will be dealt with the support of the said Department.