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Vinte e cinco anos de ciência e engenharia com o Very Large Telescope do ESO
25 de Maio de 2023
O Very Large Telescope (VLT) do ESO, um dos telescópios ópticos mais avançados do mundo, celebra hoje o seu 25º aniversário. Durante as últimas duas décadas e meia, a partir do deserto chileno do Atacama, o VLT teve um impacto profundo na nossa compreensão do Universo, com várias descobertas revolucionárias.
O VLT do ESO é a infraestrutura emblemática da astronomia óptica terrestre europeia. É composto por quatro Telescópios Principais com espelhos primários de 8,2 metros de diâmetro e quatro Telescópios Auxiliares móveis de 1,8 metros, que constituem parte do Interferómetro do VLT. No dia 25 de Maio de 1998, o Telescópio Principal 1 (Antu) obteve as suas primeiras imagens, dando início a uma nova era da astronomia.
Desde então, os astrónomos produziram mais de 10 000 artigos científicos utilizando dados recolhidos pelos telescópios do VLT, o que corresponde a uma média de mais de um artigo revisto por pares por dia. Entre os principais trabalhos de investigação levados a cabo com o auxílio do VLT, destacamos o estudo do buraco negro supermassivo situado no centro da Via Láctea e a descoberta da expansão acelerada do Universo, tendo ambos os trabalhos levado à atribuição de prémios Nobel. Outras descobertas importantes incluem a obtenção da primeira imagem direta de um planeta fora do nosso Sistema Solar e a caracterização da primeira contraparte visível de uma fonte de ondas gravitacionais.
As contribuições notáveis do VLT para a ciência devem-se, entre outros, ao seu conjunto de instrumentos avançados. Um dos instrumentos mais versáteis e procurados pela comunidade astronómica é o FORS (FOcal Reducer and low dispersion Spectrograph), que pode obter imagens de áreas do céu relativamente grandes com elevada sensibilidade. O FORS é, de facto, responsável por algumas das imagens astronómicas mais emblemáticas obtidas com o VLT. Outro instrumento bastante versátil é o MUSE (Multi Unit Spectroscopic Explorer), um potente espectrógrafo que permite aos astrónomos criar imagens tridimensionais do Universo. Temos ainda instalado no VLT o X-shooter, um instrumento que pode ser utilizado para observar uma vasta gama de objetos astronómicos, desde os mais ténues aos muito brilhantes, e o GRAVITY, um instrumento do Interferómetro do VLT bastante único, que combina a luz colectada por quatro telescópios, permitindo aos astrónomos obter detalhes minuciosos em objetos muito ténues.
Para além dos seus instrumentos multifacetados, o VLT inclui um sistema avançado de óptica adaptativa para corrigir a desfocagem causada pela turbulência atmosférica. O seu sistema de quatro lasers, instalado no Telescópio Principal 4 (Yepun) e utilizado para excitar átomos de sódio na atmosfera, é provavelmente a característica mais visível do sistema de óptica adaptativa do VLT. Os átomos excitados pelos lasers emitem luz que é afetada pela atmosfera da mesma maneira que a luz emitida por estrelas reais. A luz emitida é colectada pelo telescópio e utilizada pelo sistema de óptica adaptativa para medir as distorções introduzidas pela atmosfera e depois corrigi-las. Este sistema avançado, combinado com as excelentes condições de observação do céu do deserto do Atacama, permite ao telescópio obter imagens extremamente nítidas.
Permanecendo na vanguarda da ciência e da engenharia, o VLT continuará a fazer descobertas revolucionárias nos próximos anos. Uma das melhorias em curso, parte das atualizações para o instrumento GRAVITY, é a implementação de uma estrela guia laser em cada um dos Telescópios Principais 1-3.
O ESO está esta semana a celebrar o VLT nos seus canais das redes sociais, por isso esteja atento/a ao novo programa do ESO no YouTube, Perseguindo a Luz das Estrelas (Chasing Starlight), que, no seu primeiro episódio, irá destacar algumas das principais descobertas do VLT.
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