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O ESO assina contrato para fontes laser do ELT

18 de Dezembro de 2017

O ESO assinou um novo acordo com a TOPTICA, uma companhia alemã de fotónica, para a produção de lasers para o sistema de óptica adaptativa do Extremely Large Telescope do ESO (ELT). A TOPTICA [1], em parceria com a companhia canadiana MPB Communications Inc. (MPBC) [2], irá construir pelo menos quatro fontes laser para o ELT [3], ajudando assim o telescópio a alcançar uma resolução espacial sem precedentes para um telescópio óptico/infravermelho colocado no solo. Espera-se a primeira luz do ELT em 2024.

O sistema laser para o sistema de óptica adaptativa do ELT baseia-se na Infraestrutura de Quatro Estrelas Guia Laser montada no Very Large Telescope do ESO (VLT). Esta infraestrutura mostrou já melhorias extraordinárias no que diz respeito à nitidez das imagens obtidas pelo VLT (eso1724). A TOPTICA/MPBC Guidestar Alliance foi a principal empresa contratada para o fabrico do sistema laser do VLT (eso1613).

A óptica adaptativa compensa o efeito de desfocagem das imagens devido à atmosfera terrestre, permitindo assim aos astrónomos obter imagens muito mais nítidas. Os lasers são usados para criar múltiplas estrelas guias artificiais na atmosfera superior da Terra. Estes pontos de luz são usados como fontes luminosas de referência para que o sistema de óptica adaptativa compense a turbulência da atmosfera terrestre. Contrariamente às estrelas guias naturais, as estrelas guias laser podem ser colocados em qualquer ponto do céu, permitindo assim que o sistema de óptica adaptativa seja usado em quase todo o céu.

As observações que serão possíveis graças ao poderoso sistema de óptica adaptativa do ELT incluem uma vasta gama de assuntos, desde o estudo de buracos negros à investigação de algumas das galáxias mais jovens do Universo distante.

Notas

[1] O trabalho será executado pela TOPTICA Projects GmbH, que se foca em sistemas de laser especializados tais como estrelas guia laser.

[2] A construção de amplificadores de fibra Raman de alta potência e módulos de bombas de fibra laser será levada a cabo pela MPB Communications Inc. de Montreal, no Canadá. A MPBC tem um historial de fornecimento de amplificadores de fibra Raman de alta potência para comunicações em submarinos e trabalhos científicos.

[3] O ELT está pensado para, no futuro, ter potencialmente até oito sistemas de estrelas guia laser.

Mais informações

O ESO é a mais importante organização europeia intergovernamental para a investigação em astronomia e é de longe o observatório astronómico mais produtivo do mundo. O ESO é financiado por 16 países: Alemanha, Áustria, Bélgica, Brasil, Dinamarca, Espanha, Finlândia, França, Holanda, Itália, Polónia, Portugal, Reino Unido, República Checa, Suécia e Suíça, assim como pelo Chile, o país de acolhimento, e pela Austrália, como parceiro estratégico. O ESO destaca-se por levar a cabo um programa de trabalhos ambicioso, focado na concepção, construção e operação de observatórios astronómicos terrestres de ponta, que possibilitam aos astrónomos importantes descobertas científicas. O ESO também tem um papel importante na promoção e organização de cooperação na investigação astronómica. O ESO mantém em funcionamento três observatórios de ponta no Chile: La Silla, Paranal e Chajnantor. No Paranal, o ESO opera o Very Large Telescope, o observatório astronómico óptico mais avançado do mundo e dois telescópios de rastreio. O VISTA, o maior telescópio de rastreio do mundo que trabalha no infravermelho e o VLT Survey Telescope, o maior telescópio concebido exclusivamente para mapear os céus no visível. O ESO é um parceiro principal no ALMA, o maior projeto astronómico que existe atualmente. E no Cerro Armazones, próximo do Paranal, o ESO está a construir o Extremely Large Telescope (ELT) de 39 metros, que será “o maior olho do mundo virado para o céu”.